quinta-feira, fevereiro 07, 2008

Os brinquedos e a sua comercialização



Só podem ser comercializados na Europa, brinquedos ditos “seguros”, que cumpram as normas /exigências de segurança estabelecidas na legislação. Esses brinquedos devem ser identificados pelas siglas da marca “CE.

O fabrico de brinquedos seguros e conformes às normas de segurança que se lhes aplicam exige um estrito controlo de todo o processo produtivo, tanto na fase de desenho do brinquedo, como na de fabrico.

O fabricante deverá dispor de toda a documentação que acredite e garanta a conformidade da produção com as normas técnicas harmonizadas ou com o modelo aprovado por um organismo acreditado, na qual deverá constar, entre outras, um protocolo de exame, uma ficha técnica do mesmo e informação detalhada relativa ao desenho e fabrico dos brinquedos, bem como a direcção dos locais de fabrico e armazenamento.

Na fase de desenho do brinquedo devem ter-se em conta todos os aspectos relacionados com a segurança do brinquedo, e não apenas aqueles requisitos mínimos de segurança contemplados na legislação. O controlo na fase do fabrico é obrigatório para poder detectar possíveis falhas mecânicas. Nestes casos só serão defeituosos ou inseguros aqueles brinquedos que não se adeqúem com o modelo desenhado, nem com os exemplares da mesma série que não tenham tolerado descuido ou falha durante o processo de fabrico. A comercialização destes brinquedos defeituosos é da responsabilidade do fabricante, pois ele tem obrigação de garantir os brinquedos por ele fabricados e comercializados. Os brinquedos devem ser submetidos a toda uma série de provas de laboratório para determinar que cumpram os requisitos mínimos de segurança estabelecidos pela legislação, mas também que garantem que não são um perigo para as crianças, por isso tem testes a nível físicos e mecânicos, de Inflamabilidade, de propriedades químicas, de propriedades eléctricas, de higiene e de radioactividade.

Existem também outras siglas, tal como “CE” que garantem supostamente, que o brinquedo é conforme às disposições legais que lhe são aplicáveis.


O símbolo “CE”:

Este símbolo corresponde as expressões “comunidade europeia” e “conformidade europeia”. Todos os produtos fabricados dentro da União Europeia (U.E) devem ter essa marca que certifica a adequação as normas europeias. São atribuídas a um produto de duas formas: um organismo independente, ou pelo próprio fabricante (o fabricante julga por si próprio que os seus produtos cumprem as normas europeias). Esta legislação no entanto é ineficaz, ou com falhas pois: As normas não são suficientemente abrangentes (brinquedos chineses); o produtor é quem julga do seu próprio produto, o que não é propriamente algo de muito justo, pois ele nunca se irá prejudicar e ele próprio; não existe fiscalização que assegure que a marca “CE” só é colocada em produtos que sejam conformes as directivas.

Por todas estas razões, podemos dizer que a marca “CE” não é sinónimo de qualidade.

Conselhos para quem comprar brinquedos, ou para os pais:

- Os brinquedos devem ser escolhidos de acordo com a idade da criança a que se destinam.

- Antes de comprar, ler com atenção todos os avisos e instruções do brinquedo, nomeadamente, se é resistente ao fogo, se é lavável, etc. Se não existirem ou não estiverem em português, poderá sempre optar por outro brinquedo.

-Ainda na loja, pedir para abrir a embalagem e ver o brinquedo.

- Verificar se tem arestas cortantes, pontas ou bordos que possam magoar.

- Se o brinquedo for para uma criança até três anos, verificar se existem peças pequenas que possam ser facilmente destacáveis (por exemplo, olhos ou narizes de bonecos).

- Se o boneco tiver costuras, certificar-se de que a criança não terá acesso fácil ao enchimento.

- A criança poderá levá-los à boca ou enfiá-los no nariz, correndo o risco de asfixiar.

- Evitar também brinquedos com fios e cordões compridos, em especial quando se destinam a crianças mais novas, pois se forem enrolados à volta do pescoço podem causar estrangulamento.

- Para uma boa utilização dos patins, dos skates, das trotinetas ou das bicicletas, não se esquecer de comprar também o capacete, as cotoveleiras e as joelheiras.

- Antes de dar os brinquedos às crianças tira-lo das embalagens de cartão ou de plástico que os acondicionam, pois aquelas podem ingeri-las ou enfiá-las na cabeça.

- Fazer uma revisão periódica aos brinquedos e deitar fora os danificados ou potencialmente perigosos. Além disso, convém guardar os brinquedos dos mais velhos (por exemplo, dardos) fora do alcance dos irmãos mais pequeninos.

- Depois do divertimento, ensinar as crianças a arrumar tudo numa caixa, por exemplo. Os brinquedos abandonados no chão podem provocar quedas.

- Na hora de dormir, não deixar que a criança leve para a cama certos brinquedos que podem causar asfixia, como é o caso de comboios ou outros objectos com fios ou cordas compridas.

Um estudo sobre segurança de brinquedos no mercado português revelou que o símbolo CE não é sinónimo de segurança e recomenda a o Governo que intensifique a fiscalização.

Brinquedos da «lojas dos 300» ou «lojas chinesas»

http://www.natal.iol.pt/noticia.php?id=878700&div_id=3918

artigo tirado deste site

Num trabalho desenvolvido pela Associação para a Promoção da Segurança Infantil e pelo Centro Nacional de Embalagem, foi testada a segurança de 13 brinquedos destinados a crianças com idade inferior a 36 meses.

O estudo, que não pretende ser representativo da realidade portuguesa, foi feito com o objectivo de ilustrar alguns dos riscos encontrados actualmente nos brinquedos existentes no mercado português, tendo sido escolhidos brinquedos acessíveis em grandes superfícies e «lojas dos 300».

Em doze dos 13 brinquedos analisados está assinalada a marcação CE (Comunidade Europeia), o que representa uma garantia do fabricante de que está de acordo com as normas em vigor na União Europeia. Todos os produtos comercializados no espaço europeu que não tenham esta marcação são apreendidos.

Segundo o estudo, a marca CE não é sinónimo de segurança, pois conclui-se que dos 12 brinquedos com marcação CE, apenas cinco se encontravam em conformidade com as normas de referência.

Apesar do estudo não ser elaborado com uma amostragem representativa, os brinquedos existentes em lojas de grandes superfícies parecem ser mais seguros.

Os brinquedos das «lojas dos 300», adianta o documento, parecem ter uma maior probabilidade de apresentar riscos sérios para a saúde e segurança das crianças.

Por outro lado, os avisos de idade indicados pelos fabricantes nem sempre correspondem à utilização sugerida pelo brinquedo e o símbolo gráfico de aviso de idade «não recomendado para menores de 36 meses» é por vezes utilizado inadequadamente em brinquedos destinados claramente a bebés pequenos.

Relativamente à norma EN 71-1 (propriedades físicas e mecânicas dos brinquedos), o estudo revela que cinco brinquedos - adquiridos em lojas de grandes superfícies -, estavam em conformidade com a norma e não foram detectadas quaisquer irregularidades, pelo que foram considerados seguros.

Outros cinco brinquedos apenas apresentavam irregularidades na rotulagem nomeadamente no que se refere aos avisos de idade que não correspondiam à utilização sugerida pelo brinquedo.

Os restantes três brinquedos analisados (adquiridos em lojas dos «300») apresentavam sérios riscos para as crianças: dois deles possuíam marcação CE.

O estudo analisou ainda a conformidade dos brinquedos à norma EN 71-2 r eferente à inflamabilidade.

Os brinquedos submetidos ao ensaio de inflamabilidade não apresentam riscos inaceitáveis, a velocidade de propagação da chama encontrada no curso dos ensaios era aceitável à luz da norma.

O grupo que realizou este trabalho aconselha o Governo a efectuar mais fiscalização, principalmente nas «lojas dos 300».

Os brinquedos são para todas as crianças, incluindo as crianças portadoras de deficiência:


Compreender

Características do brinquedo

Deficiência mental

Uma criança que sofra deste tio de deficiência deve ser estimulado de maneira voluntária, isso é, dar-lhe vontade de interagir com o seu meio ambiente. A empresa americana “Enabling Device” especializou-se no fabrico de brinquedos com estimulação sensorial.

- Ser de manipulação fácil.

- Ser jogos com regras que se possam adequar ao nível de cada criança.

- Ser brinquedos com os quais a criança possa aprender de maneira espontânea (aprender sem se aperceber que esta a aprender).

- Ter fins práticos para permitir a autonomia dia após dia (por exemplo ajuda nas refeições, no banho etc.)

Deficiência motora

O corpo da criança impo-lhe limites de modo a que se deva encontrar estratégias para contornas essa sua incapacidade motora dos membros fragilizados. O computador é uma das soluções para favorecer a aprendizagem académicas, também como para facilitar o quotidiano das pessoas.

- Computador especifico para as limitações da criança;

-software educativos para ele aprender;

-Soluções praticas para o dia a dia;

-Roupas especialmente concebidas para poderem ser usadas em cadeiras de roda.

Poli deficiência

A criança encontra-se afectada por mais do que uma deficiência.

- Estimular os sentidos da criança de forma simples e directa;

- Brinquedos que permitem à criança de interagir com o mundo que a rodeia.

Autista

O autismo é uma doença psiquiátrica rara e grave da infância – Síndrome de Kanner – autismo infantil – caracterizado por um desenvolvimento intelectual desequilibrado, afectando também a capacidade de socialização.

- Brinquedos tacteies;

- Jogos ou brinquedos com os quais eles possam familiarizar-se com as regras sociais;

Deficiência visual

Pode ser completamente cego, ou ver com muita dificuldade.

-brinquedos tacteies;

-jogos de sociedade permitindo a integração da criança, livros tacteies ou em Braille;

Deficiência auditiva


-brinquedos que possam estimular os sentidos auditivos, tacteies olfactivos para desenvolver a percepção do mundo;

-brinquedos que desenvolvem a fala, a vontade em comunicar;

-brinquedos que estimulam a linguagem gestual.


Sofia Fernandes